Título:Merry Christmas, Kate.
Autor: Just for Stana
Categoria: AU , Multitemporadas
Classificação: NC-17
Capítulos: 4
Completa: [x] Yes [ ] No
Resumo: Desde que o conheceu, nada em sua vida voltou a ser comum. Muito menos o Natal.
Chapter 4
Castle olhou temeroso para a detetive, mas ao contemplá-la com aquelesorriso, seu coração se aquietou. Ambos caminharam de mãos dadas até a limusine, onde sentando ao lado dele, Beckett se aconchegou em seus braços. Os dois estavam suspensos ainda pela maravilhosa noite que estavam tendo e acima de tudo, pelo beijo que haviam acabado de compartilhar.
Ninguém ousava falar absolutamente nada com medo de que algo pudesse quebrar a magia daquele momento no qual estavam envolvidos. Era um momento agradável e a música que começou a tocar naquele veículo só deixava o clima ainda mais romântico entre eles. Embalados ao som daquela canção seguiam em direção ao apartamento de Beckett, meditando na letra da música. Era uma carta de amor cantada, como se tivesse sido escrita por eles e para eles. Kate deu um suspiro e fechou os olhos com um sorriso brincando em seus lábios.
- O que foi? – Castle falou em tom baixo.
- A música...
- O que tem a música?
- Faz sentido.
A pulsação de Rick acelerou. Sim, ele lembrava se daquele dia, onde à porta de seu apartamento ele havia feito aquela pergunta e ela havia dado aquela resposta.
- Está apaixonada, Senhorita Katherinne Beckett? – ele perguntou, virando-se para ela.
- Sim, eu estou... – ela respondeu, puxando-o pela gola da camisa e selando seus lábios.
Entre risos aprofundaram o beijo. Deliciavam-se. Provaram o sabor um do outro, degustado pelas línguas que se acariciavam delicadamente. Sentiam a necessidade crescente de obter mais e cada novo toque ainda parecia ser insuficiente. Beckett empurrou Castle, quebrando o beijo, visto que o escritor inclinava-se cada vez mais para cima dela.
- Oh, Kate... Me desculpe... Eu não... – falou ele, com medo de que ela pensasse que estivesse querendo apressar alguma coisa.
- Desculpar você? – disse ela, enquanto sentava no colo dele. - Porquê? – ela riu.
Castle ficou momentaneamente sem ação, mas ao sentir os lábios de Beckett novamente sobre os seus, ele sabia exatamente o que fazer. Explorar cada parte daquela boca, com a mesma intensidade com a qual era explorado. O beijo dela era quente, envolvente, invariavelmente sexy e inevitavelmente afrodisíaco. A detetive variava sua pressão entre a boca e a nuca do escritor enquanto ele a mantinha perto o suficiente, passeando as mãos pelas costas daquela maravilhosa mulher. Uma pausa de poucos segundos para obter fôlego, mas logo ele estava provocando-a com seus lábios e ela prontamente cedeu.
Aquilo estava se tornando cada vez mais quente, deixando-os entorpecidos pela intensidade com que ambos se buscavam. Ele arranhava o pescoço dela com os dentes, beijando em seguida a mesma região. Beckett inclinava-se para dar-lhe melhor acesso ao seu corpo e vendo-a ceder cada vez mais, ele mordiscou a ponta de seu seio, por cima do vestido. Ela ofegou, sentindo uma onda de excitação percorrer o seu corpo.
Rick a puxou de volta para os seus lábios, e ela o provocava com sua língua, ao mesmo tempo em que as mãos dele, deslizavam pelas coxas bem torneadas, uma de cada lado de seu corpo. Aproveitando-se daquela posição favorável, sentiam a umidade e o calor entre as pernas de ambos desenvolver-se, à medida em que roçavam-se, vez por outra gemendo entre os lábios um do outro, naquela dança embriagante entre as duas bocas, até que mais uma vez ela interrompeu.
Kate recostou sua testa na dele e ambos respiravam com muita dificuldade até que, ainda de olhos fechados, ela desabotoou o primeiro botão de sua camisa. O coração deles bateu de uma forma diferente. E então a limusine parou, fazendo um duplo gemido de frustração ecoar dentro daquele veículo.
- Acho que já chegamos. – Castle falou, em tom de lamento.
- É... – Kate suspirou, sem abrir os olhos.
Poucos segundos de silêncio, e então ela pediu.
- Suba comigo, Castle.
Ela não precisava pedir duas vezes. Algum tempo para se recomporem e então, finalmente, deixaram a limusine. Entraram no elevador e antes mesmo que Rick se aproximasse dela, Kate o informou.
- O elevador tem câmera.
Ele riu.
- A limusine também tinha. - ele comentou.
Beckett virou-se subitamente para ele, revirando os olhos em seguida, ao perceber aquela expressão que o escritor utilizava quando estava brincando. Castle segurou a mão dela, apertando-a com força, e isso fez com que a detetive olhasse ansiosa para o visor que indicava a variação de andares, mordendo o lábio inferior.
Adentraram de volta o apartamento onde todos os enfeites de Natal permaneciam devidamente funcionando. Apenas o tempo de ela fechar a porta e então Castle a tomou novamente, possuindo sua boca e cada parte do corpo esbelto da policial. Andaram sem sentido, esbarrando em paredes e coisas até que finalmente foram vencidos pela estrutura fixa da bancada da cozinha. Ele permaneceu sendo pressionado ali por ela, abraçando-a entre beijos enquanto sentiam a excitação aumentar gradativamente à medida que os toque evoluíam. A ansiedade era visível a cada sinal emitido por aqueles corpos desesperadamente em chamas, e então ele gemeu o nome dela ao senti-la se aproximar do seu ouvido e sussurrar com uma voz sexy.
- Eu quero ser sua, Rick.
O coração dele descompensou enquanto trocavam olhares. Ele surpreso, ela decidida. Kate abriu o segundo botão de sua camisa, dessa vez olhando firmemente para ele que, agora, lhe abria um sorriso sincero. Lentamente ela abriu cada um de seus botões, passeando as mãos pelo tórax dele, enquanto Castle desfazia o penteado dela remexendo em seus cabelos.
- Você é incrível... - disse o homem, maravilhado mais uma vez com a beleza daquela mulher à sua frente.
Não que alguém tivesse planejado que seria aquele o dia. Na verdade, quando se tratava deles, a maioria das coisas não era planejada. Apenas deixavam acontecer, fazendo do improviso o seu plano infalível. Apaixonados um pelo outro, cúmplices de um sentimento único compartilhado por ambas as partes. Castle e Beckett eram assim. O fogo e a fumaça inseparáveis unidos em um grande e poderoso vulcão adormecido.
Beijaram-se mais uma vez com uma fome maior e um desejo crescente. Rick deslizou uma parte do vestido dela, revelando o seu ombro, mordiscando-o ao mesmo tempo em que Kate abraçava-o com mais força arranhando suas costas completamente livre de qualquer tecido. As mãos dele eram habilidosas e firmes, apossando-se do corpo dela que deslizava pelo dele sensualmente.
Aquele estava sendo o momento mais excitante da vida dos dois. Talvez pelo longo tempo em que se conheciam, talvez pela longa espera até ambos tomarem a decisão que pulsava em suas veias desde o primeiro dia. Ele era seu parceiro, e não que ela nunca tivesse se envolvido antes com seus parceiros. Will, Demming, Royce foram seus parceiros em algum momento, mas não se comparavam à ele. A conexão entre ela e Castle não se limitava a um caso, ou ao dia a dia no trabalho, ou a uma noite de sexo sem sentido após alguns drinks. Não. De alguma forma, ele se superava em todas as áreas completando-a, desvendando-a e dando a ela a chance de conhecer a si mesma.
Para Richard Castle, Kate Beckett também era incomum. Não era uma aventura com alguma fã, mesmo que ele soubesse que ela era muito fã. Não era uma troca de interesses financeiros ou de status social. Havia uma cumplicidade, uma complementariedade, um harmonioso ying-yang onde ambos sabiam que cada um tinha a parte que faltava do outro.
O vestido vermelho finalmente fez companhia à camisa esquecida no chão, revelando a meia-taça que cobria parte daquele seio delicado, juntamente com a calcinha de renda que completava o conjunto daquela lingerie preta e extremamente sexy . Aquela mulher era sempre uma icógnita para ele. Ao mesmo tempo em que roubava seu fôlego também o fazia capaz de respirar plenamente e na maioria das vezes ele ficava exatamente como agora. Bobo.
O clima romântico dava lugar à fúria e vice-versa e, nesse turbilhão de emoções, ele a tomou num impulso ao mesmo tempo em que as longas e macias pernas se apoiaram ao redor de seu quadril e então ele a conduziu para o quarto. Castle a deitou em sua cama acomodando-se em cima dela e por algum tempo, não mais que alguns segundos, ele admirou a beleza dela enquanto ela se deliciava com o excitante peso do corpo dele sobre o seu.
Kate estava acostumada a dominar o ritual sobre a cama, buscando alcançar o prazer ditando o seu próprio ritmo. Mas naquela noite ali, com ele, não parecia ser necessário. Castle a tocava de um jeito que parecia simplesmente decifrar o que cada pedaço de sua pele queria experimentar. Ela sentia ondas de choque percorrendo o seu corpo cada vez que ele repousava os lábios sobre ela, estimulando-a e impedindo-a ao mesmo tempo em que prendia os braços dela sobre o alto de sua cabeça. Naquele momento, o escritor era a autoridade.
Ele diminuiu a tortura momentaneamente, retirando o pouco de tecido que ainda permanecia em seu corpo, visto que não mais a cobria. Inevitavelmente ele viu aquela cicatriz e apenas suspirou tocando levemente a região com os lábios. ambos sabiam o que aquele gesto significava, e como sempre, entre eles, palavras eram desnecessárias. Castle deu continuidade às caricícias enquanto Beckett permanecia de olhos fechados. E então, depois de toda a loucura à qual ele conseguiu levá-la apenas degustando os seus seios, o coração de Kate acelerou à medida que ele escorregava pelo seu corpo, numa ardente expectativa do que viria a seguir.
Uma nova onda de tremor a fez ofegar contorcendo-se ao sentir a frieza que percorreu sua umidade ao ser liberada da peça íntima, ser completamente dissipada pelo calor da boca de Castle que agora se dedicava a explorar cada espaço daquela região específica. Os braços dela, esquecidos ao longo de seu corpo, logo começaram a trabalhar nos cabelos dele, em uma tentativa confusa de fazer algo com sentido. Entretanto, logo que as mãos dele ergueram o quadril dela para ele, lhe dando o perfeito acesso, Beckett estremeceu apertando seus dedos entre os lençóis levemente desarrumados.
Kate se sentia sendo sugada por uma avalanche, um terremoto ou qualquer força da natureza que pudesse se comparar àquela sensação. Sua mente se concentrava em registrar cada impulso recebido até que seu corpo se rendeu colapsando assustadoramente, deixando o ar sem som escapar de sua garganta ressecada pelo prazer.
Castle permaneceu beijando-a, permitindo que a respiração dela voltasse ao normal. Ele acariciava a pele de sua barriga e brincava com seu umbigo até que sentiu uma delicada mão, um pouco trêmula, afagar os seus cabelos, convidando-o para subir. Ele fez o seu caminho de volta e depositou um beijo longo e molhado na curva de seu pescoço, que se juntou às gotículas de suor que apareciam lentamente sobre a pele dela. Rick a encarou alguns segundos com a face corada e os lábios entreabertos suplicando para serem novamente preenchidos. Ele atendeu àquele pedido e ela sentiu sua sede ser dissipada por aquele contato morno que ainda possuía traços de seu próprio gosto.
As mãos dela, completamente despertas, tornaram-se habilidosas e descendo entre seus corpos conseguiu libertá-lo de sua roupa ainda remanescente. A sensação dos dois corpos misturando-se livremente, despertou pouco a pouco o desejo momentaneamente saciado dela e então logo ela estava procurando o seu ouvido para implorar por mais. Assim que se conectaram ela tremeu, ofegando mais uma vez e ele a segurou firme dando a ela o tempo necessário para se ajustar. Não demorou muito para que ela buscasse os lábios dele, beijando-o com uma fome urgente de ser exterminada.
Eles se movimentavam numa contradição sincronizada e vez por outra um quebrava o beijo, sem contudo quebrar o clima extasiado em que bebiam do fôlego do outro, tentando compensar o pouco ar que parecia haver ali. Se empenhavam na missão de entregar e receber prazer compartilhando freneticamente o máximo de si mesmos. Novamente ela estava ali à beira do precipício onde ele brincava de lançá-la, ameaçando-a mas ao mesmo tempo ainda a mantendo firme no chão.
Ela delirava, num misto de realizações e inevitavelmente temeu acordar a vizinhança inteira ao sentir o ápice do prazer crescendo dentro dela. Castle cobriu os lábios dela com os seus, sentindo-a gemer cada vez mais alto contra sua boca, enquanto o limite de ambos os fazia despencar daquele precipício, onde a única coisa seguramente palpável era o prazer daquele momento a dois.
Ainda com o corpo atordoado, ela queria mais e vendo que ele permanecia pronto, empurrou-o de costas para o colchão ficando por cima dele, que sorria de olhos fechados. Ela brincou, roçando seus lábios pelo corpo dele mas em pouco tempo encaixaram-se novamente promovendo um gemido profundo dos dois.
Os movimentos dela eram suaves e ele contemplava maravilhado o balançar de seus cabelos à medida que ela fazia aquela dança hipnótica e erótica sobre ele. Kate aumentou a intensidade, e jogando a cabeça para trás deixou evidente o caminho trilhado pelas gotas de suor que, uma após outra, desciam por seu pescoço até se esconderem entre seus seios completamente disponíveis, tanto para as mãos quanto para os lábios sedentos do homem debaixo dela. Ele ergueu-se tomando um deles em sua boca e o outro em uma das mãos, enquanto a outra mão descia pelas costas dela apoiando-a e empurrando ainda mais o seu quadril contra ele, de modo que cada vez mais fundo um levava o outro à loucura.
Em mais um movimento, ele envolveu os seus cabelos e, trazendo o rosto dela de volta para ele, a beijou passionalmente. Beijavam-se levando tudo até o limite do ilimitável e quando a primeira pulsação enviou informações por todo o seu corpo, ela arfou mordendo o lábio inferior dele, enquanto deslizava as unhas por suas costas perdendo-se naquela deliciosa aflição. Rick não deixou que ela perdesse o ritmo, e sem impor o seu próprio, permaneceu estimulando-a até que ela desfrutasse completamente do que ele poderia oferecer. Sentindo a sequência de contrações múltiplas dela, ele também se rendeu ào prazer, gemendo contra os lábios de Beckett da mesma forma que ela estava fazendo, formando um dueto de paixão, fogo e satisfação.
Permaneceram na mesma posição, apoiados um no outro, recuperando-se da exaustão. Ela depositava beijos suaves pelo rosto dele, ao passo que ele brincava com os cabelos dela enrolados no suor de suas mãos. Ela sorriu levando-o com ela em seu sorriso, e então trocaram olhares mais uma vez.
- Eu...Isso... - disse ele, procurando alguma palavra apropriada.
- Shh... - falou ela colocando um dedo sobre os lábios dele. - Não diga nada.
Ele riu e ela o beijou mais uma vez, ao mesmo tempo em que ele se deitava sobre a cama puxando-a consigo. Os cabelos dela caíam lateralmente emoldurando seu rosto, que era acariciado repetidamente por Castle. Kate sorriu e depositando mais um beijo naquele homem, se aconchegou nos braços dele, acomodando ambos entre os lençóis.
Embalada pelo som daquele coração, fechou os olhos sentindo as mãos deslizarem carinhosamente por sua pele. Suspirou perdendo a noção do tempo, acompanhando a respiração dele voltar ao normal juntamente com a dela. Ela sorriu, relembrando os acontecimentos daquele dia, sentindo-se única pelo modo como ele ainda permanecia acariciando os cabelos dela.
Aquele Natal seria inesquecível. Sua mente viajou pelos momentos anteriores àquela noite. Lembrou-se de que algumas horas antes, jamais imaginaria terminar a noite ou começar o dia nos braços de Richard Castle. Pelo menos, não como se fosse algo que iria acontecer na hora imediatamente seguinte. E não só isso, o que ele havia feito para ela em apenas uma noite não encontrava palavras em seu próprio vocabulário que pudesse corresponder àquilo.
Mas esse era Castle, o homem capaz de transformar todas as coisas em sua vida, sem dificuldade nenhuma. Quando virava suas noites lendo os livros, ou mesmo rolava pela cama na ansiedade de conseguir o seu autógrafo no dia seguinte, Kate Beckett jamais imaginou que se tornariam tão próximos. Aquele irritante homem, cheio de criatividade havia conseguido entrar até mesmo em sua família. Parceiros, amigos e agora, amantes. Ela riu mais uma vez.
- Kate... – disse ele, com a voz rouca.
- Sim... - ela respondeu meio sonolenta.
- Ainda está aí? – disse ele, apertando-a mais forte contra seu peito.
- Sim, eu estou... – respondeu ela, escondendo o rosto no pescoço dele.
Ambos já adormeciam quando ele suspirou contra os cabelos dela.
- Feliz Natal... Minha Kate.
Autor: Just for Stana
Categoria: AU , Multitemporadas
Classificação: NC-17
Capítulos: 4
Completa: [x] Yes [ ] No
Resumo: Desde que o conheceu, nada em sua vida voltou a ser comum. Muito menos o Natal.
Chapter 4
Castle olhou temeroso para a detetive, mas ao contemplá-la com aquelesorriso, seu coração se aquietou. Ambos caminharam de mãos dadas até a limusine, onde sentando ao lado dele, Beckett se aconchegou em seus braços. Os dois estavam suspensos ainda pela maravilhosa noite que estavam tendo e acima de tudo, pelo beijo que haviam acabado de compartilhar.
Ninguém ousava falar absolutamente nada com medo de que algo pudesse quebrar a magia daquele momento no qual estavam envolvidos. Era um momento agradável e a música que começou a tocar naquele veículo só deixava o clima ainda mais romântico entre eles. Embalados ao som daquela canção seguiam em direção ao apartamento de Beckett, meditando na letra da música. Era uma carta de amor cantada, como se tivesse sido escrita por eles e para eles. Kate deu um suspiro e fechou os olhos com um sorriso brincando em seus lábios.
- O que foi? – Castle falou em tom baixo.
- A música...
- O que tem a música?
- Faz sentido.
A pulsação de Rick acelerou. Sim, ele lembrava se daquele dia, onde à porta de seu apartamento ele havia feito aquela pergunta e ela havia dado aquela resposta.
- Está apaixonada, Senhorita Katherinne Beckett? – ele perguntou, virando-se para ela.
- Sim, eu estou... – ela respondeu, puxando-o pela gola da camisa e selando seus lábios.
Entre risos aprofundaram o beijo. Deliciavam-se. Provaram o sabor um do outro, degustado pelas línguas que se acariciavam delicadamente. Sentiam a necessidade crescente de obter mais e cada novo toque ainda parecia ser insuficiente. Beckett empurrou Castle, quebrando o beijo, visto que o escritor inclinava-se cada vez mais para cima dela.
- Oh, Kate... Me desculpe... Eu não... – falou ele, com medo de que ela pensasse que estivesse querendo apressar alguma coisa.
- Desculpar você? – disse ela, enquanto sentava no colo dele. - Porquê? – ela riu.
Castle ficou momentaneamente sem ação, mas ao sentir os lábios de Beckett novamente sobre os seus, ele sabia exatamente o que fazer. Explorar cada parte daquela boca, com a mesma intensidade com a qual era explorado. O beijo dela era quente, envolvente, invariavelmente sexy e inevitavelmente afrodisíaco. A detetive variava sua pressão entre a boca e a nuca do escritor enquanto ele a mantinha perto o suficiente, passeando as mãos pelas costas daquela maravilhosa mulher. Uma pausa de poucos segundos para obter fôlego, mas logo ele estava provocando-a com seus lábios e ela prontamente cedeu.
Aquilo estava se tornando cada vez mais quente, deixando-os entorpecidos pela intensidade com que ambos se buscavam. Ele arranhava o pescoço dela com os dentes, beijando em seguida a mesma região. Beckett inclinava-se para dar-lhe melhor acesso ao seu corpo e vendo-a ceder cada vez mais, ele mordiscou a ponta de seu seio, por cima do vestido. Ela ofegou, sentindo uma onda de excitação percorrer o seu corpo.
Rick a puxou de volta para os seus lábios, e ela o provocava com sua língua, ao mesmo tempo em que as mãos dele, deslizavam pelas coxas bem torneadas, uma de cada lado de seu corpo. Aproveitando-se daquela posição favorável, sentiam a umidade e o calor entre as pernas de ambos desenvolver-se, à medida em que roçavam-se, vez por outra gemendo entre os lábios um do outro, naquela dança embriagante entre as duas bocas, até que mais uma vez ela interrompeu.
Kate recostou sua testa na dele e ambos respiravam com muita dificuldade até que, ainda de olhos fechados, ela desabotoou o primeiro botão de sua camisa. O coração deles bateu de uma forma diferente. E então a limusine parou, fazendo um duplo gemido de frustração ecoar dentro daquele veículo.
- Acho que já chegamos. – Castle falou, em tom de lamento.
- É... – Kate suspirou, sem abrir os olhos.
Poucos segundos de silêncio, e então ela pediu.
- Suba comigo, Castle.
Ela não precisava pedir duas vezes. Algum tempo para se recomporem e então, finalmente, deixaram a limusine. Entraram no elevador e antes mesmo que Rick se aproximasse dela, Kate o informou.
- O elevador tem câmera.
Ele riu.
- A limusine também tinha. - ele comentou.
Beckett virou-se subitamente para ele, revirando os olhos em seguida, ao perceber aquela expressão que o escritor utilizava quando estava brincando. Castle segurou a mão dela, apertando-a com força, e isso fez com que a detetive olhasse ansiosa para o visor que indicava a variação de andares, mordendo o lábio inferior.
Adentraram de volta o apartamento onde todos os enfeites de Natal permaneciam devidamente funcionando. Apenas o tempo de ela fechar a porta e então Castle a tomou novamente, possuindo sua boca e cada parte do corpo esbelto da policial. Andaram sem sentido, esbarrando em paredes e coisas até que finalmente foram vencidos pela estrutura fixa da bancada da cozinha. Ele permaneceu sendo pressionado ali por ela, abraçando-a entre beijos enquanto sentiam a excitação aumentar gradativamente à medida que os toque evoluíam. A ansiedade era visível a cada sinal emitido por aqueles corpos desesperadamente em chamas, e então ele gemeu o nome dela ao senti-la se aproximar do seu ouvido e sussurrar com uma voz sexy.
- Eu quero ser sua, Rick.
O coração dele descompensou enquanto trocavam olhares. Ele surpreso, ela decidida. Kate abriu o segundo botão de sua camisa, dessa vez olhando firmemente para ele que, agora, lhe abria um sorriso sincero. Lentamente ela abriu cada um de seus botões, passeando as mãos pelo tórax dele, enquanto Castle desfazia o penteado dela remexendo em seus cabelos.
- Você é incrível... - disse o homem, maravilhado mais uma vez com a beleza daquela mulher à sua frente.
Não que alguém tivesse planejado que seria aquele o dia. Na verdade, quando se tratava deles, a maioria das coisas não era planejada. Apenas deixavam acontecer, fazendo do improviso o seu plano infalível. Apaixonados um pelo outro, cúmplices de um sentimento único compartilhado por ambas as partes. Castle e Beckett eram assim. O fogo e a fumaça inseparáveis unidos em um grande e poderoso vulcão adormecido.
Beijaram-se mais uma vez com uma fome maior e um desejo crescente. Rick deslizou uma parte do vestido dela, revelando o seu ombro, mordiscando-o ao mesmo tempo em que Kate abraçava-o com mais força arranhando suas costas completamente livre de qualquer tecido. As mãos dele eram habilidosas e firmes, apossando-se do corpo dela que deslizava pelo dele sensualmente.
Aquele estava sendo o momento mais excitante da vida dos dois. Talvez pelo longo tempo em que se conheciam, talvez pela longa espera até ambos tomarem a decisão que pulsava em suas veias desde o primeiro dia. Ele era seu parceiro, e não que ela nunca tivesse se envolvido antes com seus parceiros. Will, Demming, Royce foram seus parceiros em algum momento, mas não se comparavam à ele. A conexão entre ela e Castle não se limitava a um caso, ou ao dia a dia no trabalho, ou a uma noite de sexo sem sentido após alguns drinks. Não. De alguma forma, ele se superava em todas as áreas completando-a, desvendando-a e dando a ela a chance de conhecer a si mesma.
Para Richard Castle, Kate Beckett também era incomum. Não era uma aventura com alguma fã, mesmo que ele soubesse que ela era muito fã. Não era uma troca de interesses financeiros ou de status social. Havia uma cumplicidade, uma complementariedade, um harmonioso ying-yang onde ambos sabiam que cada um tinha a parte que faltava do outro.
O vestido vermelho finalmente fez companhia à camisa esquecida no chão, revelando a meia-taça que cobria parte daquele seio delicado, juntamente com a calcinha de renda que completava o conjunto daquela lingerie preta e extremamente sexy . Aquela mulher era sempre uma icógnita para ele. Ao mesmo tempo em que roubava seu fôlego também o fazia capaz de respirar plenamente e na maioria das vezes ele ficava exatamente como agora. Bobo.
O clima romântico dava lugar à fúria e vice-versa e, nesse turbilhão de emoções, ele a tomou num impulso ao mesmo tempo em que as longas e macias pernas se apoiaram ao redor de seu quadril e então ele a conduziu para o quarto. Castle a deitou em sua cama acomodando-se em cima dela e por algum tempo, não mais que alguns segundos, ele admirou a beleza dela enquanto ela se deliciava com o excitante peso do corpo dele sobre o seu.
Kate estava acostumada a dominar o ritual sobre a cama, buscando alcançar o prazer ditando o seu próprio ritmo. Mas naquela noite ali, com ele, não parecia ser necessário. Castle a tocava de um jeito que parecia simplesmente decifrar o que cada pedaço de sua pele queria experimentar. Ela sentia ondas de choque percorrendo o seu corpo cada vez que ele repousava os lábios sobre ela, estimulando-a e impedindo-a ao mesmo tempo em que prendia os braços dela sobre o alto de sua cabeça. Naquele momento, o escritor era a autoridade.
Ele diminuiu a tortura momentaneamente, retirando o pouco de tecido que ainda permanecia em seu corpo, visto que não mais a cobria. Inevitavelmente ele viu aquela cicatriz e apenas suspirou tocando levemente a região com os lábios. ambos sabiam o que aquele gesto significava, e como sempre, entre eles, palavras eram desnecessárias. Castle deu continuidade às caricícias enquanto Beckett permanecia de olhos fechados. E então, depois de toda a loucura à qual ele conseguiu levá-la apenas degustando os seus seios, o coração de Kate acelerou à medida que ele escorregava pelo seu corpo, numa ardente expectativa do que viria a seguir.
Uma nova onda de tremor a fez ofegar contorcendo-se ao sentir a frieza que percorreu sua umidade ao ser liberada da peça íntima, ser completamente dissipada pelo calor da boca de Castle que agora se dedicava a explorar cada espaço daquela região específica. Os braços dela, esquecidos ao longo de seu corpo, logo começaram a trabalhar nos cabelos dele, em uma tentativa confusa de fazer algo com sentido. Entretanto, logo que as mãos dele ergueram o quadril dela para ele, lhe dando o perfeito acesso, Beckett estremeceu apertando seus dedos entre os lençóis levemente desarrumados.
Kate se sentia sendo sugada por uma avalanche, um terremoto ou qualquer força da natureza que pudesse se comparar àquela sensação. Sua mente se concentrava em registrar cada impulso recebido até que seu corpo se rendeu colapsando assustadoramente, deixando o ar sem som escapar de sua garganta ressecada pelo prazer.
Castle permaneceu beijando-a, permitindo que a respiração dela voltasse ao normal. Ele acariciava a pele de sua barriga e brincava com seu umbigo até que sentiu uma delicada mão, um pouco trêmula, afagar os seus cabelos, convidando-o para subir. Ele fez o seu caminho de volta e depositou um beijo longo e molhado na curva de seu pescoço, que se juntou às gotículas de suor que apareciam lentamente sobre a pele dela. Rick a encarou alguns segundos com a face corada e os lábios entreabertos suplicando para serem novamente preenchidos. Ele atendeu àquele pedido e ela sentiu sua sede ser dissipada por aquele contato morno que ainda possuía traços de seu próprio gosto.
As mãos dela, completamente despertas, tornaram-se habilidosas e descendo entre seus corpos conseguiu libertá-lo de sua roupa ainda remanescente. A sensação dos dois corpos misturando-se livremente, despertou pouco a pouco o desejo momentaneamente saciado dela e então logo ela estava procurando o seu ouvido para implorar por mais. Assim que se conectaram ela tremeu, ofegando mais uma vez e ele a segurou firme dando a ela o tempo necessário para se ajustar. Não demorou muito para que ela buscasse os lábios dele, beijando-o com uma fome urgente de ser exterminada.
Eles se movimentavam numa contradição sincronizada e vez por outra um quebrava o beijo, sem contudo quebrar o clima extasiado em que bebiam do fôlego do outro, tentando compensar o pouco ar que parecia haver ali. Se empenhavam na missão de entregar e receber prazer compartilhando freneticamente o máximo de si mesmos. Novamente ela estava ali à beira do precipício onde ele brincava de lançá-la, ameaçando-a mas ao mesmo tempo ainda a mantendo firme no chão.
Ela delirava, num misto de realizações e inevitavelmente temeu acordar a vizinhança inteira ao sentir o ápice do prazer crescendo dentro dela. Castle cobriu os lábios dela com os seus, sentindo-a gemer cada vez mais alto contra sua boca, enquanto o limite de ambos os fazia despencar daquele precipício, onde a única coisa seguramente palpável era o prazer daquele momento a dois.
Ainda com o corpo atordoado, ela queria mais e vendo que ele permanecia pronto, empurrou-o de costas para o colchão ficando por cima dele, que sorria de olhos fechados. Ela brincou, roçando seus lábios pelo corpo dele mas em pouco tempo encaixaram-se novamente promovendo um gemido profundo dos dois.
Os movimentos dela eram suaves e ele contemplava maravilhado o balançar de seus cabelos à medida que ela fazia aquela dança hipnótica e erótica sobre ele. Kate aumentou a intensidade, e jogando a cabeça para trás deixou evidente o caminho trilhado pelas gotas de suor que, uma após outra, desciam por seu pescoço até se esconderem entre seus seios completamente disponíveis, tanto para as mãos quanto para os lábios sedentos do homem debaixo dela. Ele ergueu-se tomando um deles em sua boca e o outro em uma das mãos, enquanto a outra mão descia pelas costas dela apoiando-a e empurrando ainda mais o seu quadril contra ele, de modo que cada vez mais fundo um levava o outro à loucura.
Em mais um movimento, ele envolveu os seus cabelos e, trazendo o rosto dela de volta para ele, a beijou passionalmente. Beijavam-se levando tudo até o limite do ilimitável e quando a primeira pulsação enviou informações por todo o seu corpo, ela arfou mordendo o lábio inferior dele, enquanto deslizava as unhas por suas costas perdendo-se naquela deliciosa aflição. Rick não deixou que ela perdesse o ritmo, e sem impor o seu próprio, permaneceu estimulando-a até que ela desfrutasse completamente do que ele poderia oferecer. Sentindo a sequência de contrações múltiplas dela, ele também se rendeu ào prazer, gemendo contra os lábios de Beckett da mesma forma que ela estava fazendo, formando um dueto de paixão, fogo e satisfação.
Permaneceram na mesma posição, apoiados um no outro, recuperando-se da exaustão. Ela depositava beijos suaves pelo rosto dele, ao passo que ele brincava com os cabelos dela enrolados no suor de suas mãos. Ela sorriu levando-o com ela em seu sorriso, e então trocaram olhares mais uma vez.
- Eu...Isso... - disse ele, procurando alguma palavra apropriada.
- Shh... - falou ela colocando um dedo sobre os lábios dele. - Não diga nada.
Ele riu e ela o beijou mais uma vez, ao mesmo tempo em que ele se deitava sobre a cama puxando-a consigo. Os cabelos dela caíam lateralmente emoldurando seu rosto, que era acariciado repetidamente por Castle. Kate sorriu e depositando mais um beijo naquele homem, se aconchegou nos braços dele, acomodando ambos entre os lençóis.
Embalada pelo som daquele coração, fechou os olhos sentindo as mãos deslizarem carinhosamente por sua pele. Suspirou perdendo a noção do tempo, acompanhando a respiração dele voltar ao normal juntamente com a dela. Ela sorriu, relembrando os acontecimentos daquele dia, sentindo-se única pelo modo como ele ainda permanecia acariciando os cabelos dela.
Aquele Natal seria inesquecível. Sua mente viajou pelos momentos anteriores àquela noite. Lembrou-se de que algumas horas antes, jamais imaginaria terminar a noite ou começar o dia nos braços de Richard Castle. Pelo menos, não como se fosse algo que iria acontecer na hora imediatamente seguinte. E não só isso, o que ele havia feito para ela em apenas uma noite não encontrava palavras em seu próprio vocabulário que pudesse corresponder àquilo.
Mas esse era Castle, o homem capaz de transformar todas as coisas em sua vida, sem dificuldade nenhuma. Quando virava suas noites lendo os livros, ou mesmo rolava pela cama na ansiedade de conseguir o seu autógrafo no dia seguinte, Kate Beckett jamais imaginou que se tornariam tão próximos. Aquele irritante homem, cheio de criatividade havia conseguido entrar até mesmo em sua família. Parceiros, amigos e agora, amantes. Ela riu mais uma vez.
- Kate... – disse ele, com a voz rouca.
- Sim... - ela respondeu meio sonolenta.
- Ainda está aí? – disse ele, apertando-a mais forte contra seu peito.
- Sim, eu estou... – respondeu ela, escondendo o rosto no pescoço dele.
Ambos já adormeciam quando ele suspirou contra os cabelos dela.
- Feliz Natal... Minha Kate.
*FIM*